terça-feira, 15 de junho de 2010

Romantismo

A minha preferência por Álvares não é simples,
É identificação.
Sentir as dores que ele sentia me faz sentir um outro alguém.
Com suas rimas soltas,
Sua ausência de cordialidade
Seu lado Ariel X Caliban
Gritante em mim, em meus versos.
Incomodam pessoas próximas e distantes que não compreendem
Mas não me importo, pois prefiro lembrar de minha real existência.
Somente dentre as quatro paredes que possuem as minhas energias concentradas.
Degustar do álcool e do tabaco que omito por proteção à segundos e terceiros.
Prefiro ouvir Álvares chorar demasiadamente
Do que desvairar rimas perfeitas de Dias.
O desequilíbrio e a fuga de Azevedo são muito mais atraentes.
Desejos sórdidos e infantis me vêem à cabeça
Só de pensar em seus versos íntimos, tão seus quanto meus.
Romancistas boêmios, sós, depressivos não existiam somente no século XIX.
Brandão explica bem o mal do século que me conduz a este estado meu.
Me vejo em MCCandles, me vejo em Athena, a Bruxa de Portobelo.
Casar-me-ia com Antônio Augusto, mas só me encontro com Azevedo, meu querido Álvares, não corras assim.
Sentir-me a todo instante na taverna e lembrar-me que a lira só durou 21 anos
Fazem-me de mim, mais perto de ti.

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